Solta

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Acaso

Acaso


Indelével

Paz que me cabe já não sabe se encontrar

Palavras, letras soltas e desculpas pra falar

Anelar de puro ouro, prata mostra meu querer

Me divide em tua soma a vontade de esquecer

Não me faltes com verdade, diga tudo o que pedi

Que me conte um passarinho o que não souber de ti

 

Saal

 


Paralelepípedo

Paralelepípedo
Paralelo e único
Pára-quedas, vida!
Para ler epílogos
Paralise o mundo!
Aperte o parafuso!
Paramedicina, luta!
Transfusão sangüínea!
Paranóia nossa?
Turn-off parabólica!
Parafraseando Otto
Acabo de entrar pra solidão a cabo

Pra onde é que eu corro agora?
Pra além de mim?
E a terra prometida?

Paralelepípedo
Pára-lama sujo
Pára-choque duro
Para além das flores
Paralise o mundo!
Aperte o parafuso!
Paramedicina, luta!
Transfusão sangüínea!
Paranóia santa?
Turn-off intolerância!
Parafraseando Yuka
A América ninguém regula

Pra onde é que eu corro agora?
Pra além de mim?
E a terra prometida?

E as crianças pára-raios?
E a esperança, a quantas anda?
Os paparazzi da guerra
O asfalto quente
Petrolíferas mentes

 

Rogério Flausino


Epílogo

“Te perder não está nos meus planos, não faz parte de mim, mas se queres assim, o que posso fazer?

Meu querer vai além de te ter, independe de ser, entender por si só.

Uma alma não conta segredos, se perde o desejo ao não me falar.

Só queria você como antes,  te quero o bastante pra me transbordar;

Estarei te esperando lá fora com versos e rosas pra te consolar.”

 

Saal


Entrelinhas

“Traga a mim um punhal dos seus pesares;

Traga a fala de quem quer se esconder;

Diga a ela que há dor nas entrelinhas;

Passo horas como dias sem te ver.”

 

 

Saal

 


Espreita

“Minha alma se desarma em todo pranto;

Minha mente se recusa a entender;

Toda causa seja efeito ou circunstância;

O meu medo vê de longe te perder.

 

Onde anda aquele louco me querer?

Onde anda a segurança em te ter?

Não agora, mas que seja eternamente;

Não demore, e seja apaixonadamente.”

 

 

Saal


Menina dos olhos

“Pequenos olhos, o que se vê?

Infinito e penetrante teu poder.

Tua mente me desarma em pensamentos.

Frases minhas, impensados argumentos.

Soluções não me trariam alento algum;

Dividindo ou somando sou mais um.

Frases prontas falam mais que meu querer;

Me agrada os descontentes me entender.”

Saal


Conjuga-me

Abismo de uma alma em agonia, quem te trará consolo?

Quantos feitos teria eu que lhe contar? Outrora forte como rocha, agora oco como um nada.

Ouve agora os conselhos da incerteza, e quem sabe frágil tu te possas reerguer.

Coração que não me escuta, amanhã vai me querer?

Julgue ou me conjugue, só não diga aos meus conselhos que tardaram a chegar.

Procure a resposta que já sabes, confesse a sua alma em dissonância,

me traga a verdade em pratos limpos. Pretérito, imperfeito e discordância.

 

Saal


Cotidiano

Abismos inatos com vontade de tragar, oceanos de intensa infinitude.
Paz não há ao lembrar dessa pausa, faz-se escuro. Julga simples quem vê, chora amargo quem sente. Não somente pena sua dor, tão carente de amor.
Vivo todo meu cotidiano, vivo esperando outros anos. Te querer não basta para mim. Dorme, quem sabe assim o tempo passa. Descansa toda plena esperança de um dia permitir, claro o dia de te ter pra mim. Será que ainda sim resistiremos a nós dois? Será que toda calma é chama posta pra acabar? Meu pesar te entender, pensar que tudo é pra mim, um dia assim me dirás. Pra todo tempo, novos modos, pra todo amor, tudo agora.

Saal